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Ao vivo e a cores dava adeus a mais um sonho. Não costumava acreditar que fossem virar realidade mas gostava da sensação de estar viva, dos sorrisos e frescor que traziam para suas manhas. Alimentava-se de mimos e desfilava exibindo suas cicatrizes invisíveis. Desejou todo dia como ninguém. Deixou as amarras de lado. Começou a confundir seus delírios com seus dias cinzas. Transitava entre seus dois mundos, mesmo já quase tendo esquecido que o outro existia. Avalanche. Pisar ali novamente era correr o risco de não querer mais voltar. Viveu cada dia com a intensidade que tanto gostava. Escorregou, acordou perdida. Queria que seu ar descolado a ajudasse a voltar, mas só havia ela e ela mesma procurando uma saída inexistente, uma resposta sem sentido. Ao abrir os olhos, sua coroa reluzente, um alivio inigualável. E Alguns minutos se passaram até perceber que seu castelo era apenas de areia.