Inside Me

Devaneios...

segunda-feira, abril 08, 2013

Ge

Ao vivo e a cores dava adeus a mais um sonho. Não costumava acreditar que  fossem virar realidade mas gostava da sensação de estar viva, dos sorrisos e frescor que traziam para suas manhas. Alimentava-se de mimos e desfilava exibindo suas cicatrizes invisíveis. Desejou todo dia como ninguém. Deixou as amarras de lado. Começou a confundir seus delírios com seus dias cinzas. Transitava entre seus dois mundos, mesmo já quase tendo esquecido que o outro existia. Avalanche. Pisar ali novamente era correr o risco de não querer mais voltar. Viveu cada dia com a intensidade que tanto gostava. Escorregou, acordou perdida. Queria que seu ar descolado a ajudasse a voltar, mas só havia ela e ela mesma procurando uma saída inexistente, uma resposta sem sentido. Ao abrir os olhos, sua coroa reluzente, um alivio inigualável.  E Alguns minutos se passaram até perceber que seu castelo era apenas de areia. 

segunda-feira, novembro 14, 2011

Antiquário

Retroagiu... como há muito tempo não fizera. Acordou com a garganta seca de arrependimento e os olhos vermelhos de resquícios. Tentou em vão dormir novamente para ignorar a realidade oculta e tão latente. A compreensão era um de seus pontos fortes, mas a transparência naquela forma que nunca vira era indecifrável, opaca. Setiu-se boba, ingênua, mas sabia que se publico jamais acreditariam em tais sequências.
Achou explícito e estranho a não reação alheia. Se comportaria de maneira tão diferente...
Se sentiu traída, traiu. Balançou-se. Hedonismo e revolta exalantes.
Pediu uma água, tomou seu banho frio e foi desabafar em sua cama o que literalmente não poderia ser expresso.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Lotus

Escondidas em suas palavras falavam de cotidianos, de seus eus. Pouca exposição na verdade, mas diaramente atualizavam sua conexão. Muito aparente, nada claro. Mas o que há de óbvio e sedutor? O mistério e apenas ele. Identificavam algo pros trás de todas aquelas luzes e cenários e como parte da cena, apenas atuavam de acordo com o script. Queriam viver nos sonhos, evitavam parte da realidade pois sabiam também pertencê-las. Seguiam distantes nos mesmos pensamentos, desejavam tempo, oportunidades e a pureza que tanto admiravam. Em entrelinhas tentavam não fechar os olhos, temiam a fraqueza do pestanejar. Desvencilhavam-se dos cacos e de possíveis faíscas, buscavam outros gostos que não o proibido. Fingiam ser aquilo que as satisfaziam e continuavam negando o involuntário e nunca dito.

terça-feira, agosto 23, 2011

Regirando

Singular, a melhor palavra para definir o momento no qual se encontrava. Algumas boas outras ruins. Sim, surpresas. Talvez fosse apenas inesperado mas não conseguia identificar se estava diante de um novo ciclo ou se o presente ainda não havia acabado e tivera apenas um flash back.
Reencontros e desencontros. A contradição intrínseca. Nada novo de fato, talvez algumas permissões. Sentia-se vulnerável mas nem por isso estava na defensiva como sempre o fizera. Apostou em algumas curiosidades. Gostou. Contudo, ainda havia um desncaixe. Queria o fascínio e obtinha a dúvida, queria a mágica e sorria ao achar tê-la encontrado ao passo involuntário que a lágrima escorria por perceber ser apenas um desejo. Sonhava de olhos abertos. Queria decifrar e ser decifrada. Inocência, talvez até mesmo sua ingenuidade que se falada a terceiros o fariam rir.
Nunca deixara de acreditar, guardava a caixinha no seu exato lugar há tanto tempo que pensou ser a hora de abrí-la. Desta vez não pela realização, simplismente por querer sentir e analisar aquele interior.
Algumas cenas se repetiam e não sabia por onde caminhar. Achou que aquele número podia ser apenas uma armação montada para testá-la. Se via em algum daqueles desafios porque esses sempre a regeram, porém nunca fizera ou faria uma crueldade pensada. Era boba, até demais, estendia o braço ao invés da mão, se reprimia pelo prazer alheio. Percepções.
Os olhares e expectativas, comentários maldosos. A frustração na falta de sonhos ao seu redor. Inconstante. Pela primeira vez encontrava-se menos impulsiva e mais decidida e mesmo sem as suas respostas, guiava-se pelas flores da exalante primavera pois ninguém a faria desistir do seu roteiro encantado.

terça-feira, julho 26, 2011

Em primeira pessoa

Revoltada com a falta de sensibilidade e o tamanho da mentalidade alheia. Ninguém é merecedor de uma babaquice por ter confiado em outra pessoa... Sim, não sei lidar com isso, tenho defeitos e também preciso melhorar!
Ainda existe ingenuidade, confiança e inocência, o que é raro, diga-se de passagem! E, por isto mesmo, quem possui uma destas virtudes ou mesmo as três e sofreu alguma decepção por conta disso não deve sentir-se culpado, bobo ou tentar torna-se mais malandro que nem a infeliz maioria. Em relação a maioria, poupo meus comentários apesar de muitos virem a tona. 
Mas para os que acham bem feito a crueldade oriunda dessa malandragem cotidiana na qual vivemos, acho que deveriam olhar para si mesmos, repensar suas vidas e escolhas. Se nunca precisaram confiar em ninguém, seguir informações sem selo de origem e validade, se nunca agiram por um impulso ou fizeram uma loucura, estão se privando tanto, que nem se permitem sentir e viver a delícia de cada um desses momentos e aprender com uma decepção. Estão se privando d vida, que é única. É inegável a dor, assim como o crescimento. 
Acho que se preocupam tanto no que os outros vão pensar que estagnam, antecipam-se cheios de moralismos e prontos para julgar quem não teme realizar. Envelhecem pensando no se, fantasiando o agora se tivessem agido de outra forma no passado. Cheios de curiosidade e desejo e tão encolhidos, contraditórios e medíocres como sempre foram. 
Acho engraçado que muitos desses são os que vejo gritarem ser cristãos. Cristãos deveriam achar legal a desgraça ou mesmo a tristeza alheia? Cristãos não deveriam respeitar as diferenças?
É... não quero rótulo, religião, raça, opto por viver e saborear a felicidade, não seu conceito. 

domingo, julho 10, 2011

Roda Gigante.

Lágrimas entre sorrisos.
Extremos num curto espaço de tempo.
Momentos indescritíveis, situações delicadas, circuntâncias difíceis.
Fragilidade, sentia-se como um vidro estilhaçado. Pensava demais, uma avalanche inesgotável. Possibilidades.
Impulsiva, sempre. Um pouco mais racional dessa vez.
Não queria manter o controle, queria se deixar ser levada pelo sentimento.
Mas também desejava o autocontrole para as frustrações e suas consequências.
Estava decidida como nunca e mais perdida do que jamais estivera.
Sabia o que queria mas não como conseguir.
Questionava se a concretização do desejo realmente a faria feliz.
Não sabia se amava apenas a idéia.
Se não havia certeza, havia contradição.
Talvez devesse mergulhar. Ou não.
Fuga ambígua. Precisava esvaziar-se um pouco.
Ascendeu um cigarro, pegou sua xícara de café e foi escrever.

domingo, março 27, 2011

Higgins

Ela tentou a cada momento
Nunca deixou de acreditar
Sim, já errou
Mas também tentou consertar
Se esforçou e se deu por inteiro
A decepção que se fez presente e que tentou contornar
Um sentimento sem tamanho
Com fatos já não ignoráveis
Tristeza
Lágrimas

O tic tac do relógio
Um primeiro olhar
E sua clássica falta de credibilidade
O inesperado
Uma grata surpresa
Sorrisos tímidos
Sensação de estar viva novamente
Os planos que prometera não fazer
Pensamentos involuntáios
Amigos perfeitos
Apoio

Um novo começo.